MEU ÚLTIMO SONETO
Desprezo o desalento da tua presença;
Se me confunde essa desgraçada alma,
Que vive a confundir amor e esperança...
Numa caótica contradição entre ira e calma.
Já não lhe escreverei versos de amor;
Sufocados de indiferença os calarei...
Não faça juras, tens "lábios enganador"
Se pungires-me com mentiras, fenecerei!
Minha voz se exalta como uma prece,
Senhor meu Deus, que preço alto eu pago...
Viver amando tanto há quem não merece!
Apenas por hoje chorarei meus lamentos,
Neste meu último soneto que escrevo...
Minh'alma celíca, isenta de ressentimentos.