Negra primavera
Quando as flores enfeitam um velório
A primavera se torna hedionda, negra
Ao morrer o ser que vivia o real, o ilusório
Que não tem como fugir dessa regra
As lágrimas se fazem chuvas tristes
Que regam os corações, de saudade e dor
Numa comoção, de um enredo desolador
Que o nosso coração quase não resiste
Diante do fim dos sonhos, e da vida
Com a nossa alma, sofrendo, dolorida
No caixão o corpo, presente enfeitado
Com flores belas, que foram mortas
No instante que alguém, chega e as cortas
De fato, junto a elas serás sepultado
Valdomiro Da Costa 24/09/2018