VAI!

Rio, 05/10/2007.

Quando te olho tudo em mim treme,

Meus impulsos reprimo e me atenho;

Brincas comigo e minha alma geme,

Recusas carinho e o amor que tenho.

Se te vais, por que demoras tanto?

O fim do amor é o abismo do esquecimento,

Se cair, ali, se despedaça e morre, portanto.

Já cansei de antecipar este momento!

Vai! Segue teu caminho, não tornes o olhar.

Preciso tomar um pouco de alento!

Tu és nuvem vazia levada pelo vento!

Mas se um dia, na saudade, quiseres voltar;

Por precisares do amor puro que aquece,

Eu mostrarei o abismo onde caiu e apodrece!