FEMINICÍDIO

É que o Amor havia ficado doente

Precisando de tratamento e enfermaria

A felicidade que só se via na fotografia

Agora sofria nas mãos agressivas de um demente.

Pronunciado risco já se antevia

Dado a ira sem nexo e frequente.

Da lua prometida que se erguia no poente

Só restou sua aridez, seu isolamento, sua solidez tão fria.

Agora, quando diminui a distância do predador

Seu corpo estremece, no rosto um rubor

Envolve sua alma feminina de medo.

E, o orgulho nocivo do "macho" ferido

Fareja vingança nada convencido

Da perda da posse, do seu brinquedo.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 14/09/2018
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