GRITARIA
Ao te enlaçar o corpo, não consigo
domar as pulsações incendiárias
e envolto no calor de chamas várias,
desnudo compulsões, um louco instigo.
Vestido nas carnais indumentárias,
de controlar as mãos me desobrigo,
conquisto o fogaréu e, assim, contigo
fervilham contrações involuntárias...
Na maciez das nuvens onde deito
degusto o majestático e perfeito
manjar que nós sonhamos, senhorita.
Confessam alegria de menino
sorrisos frouxos e este desatino
não posso te esconder, pois ele grita.