*** Quando Cantas ***

*** Quando Cantas ***

Teu canto ecoa vindo de longe

Traz-me alguma saudade e dor.

Na solidão, qual paciente monge

Sinto-me na doce Paz do Senhor.

A harmonia dum canto mavioso

É sedativo, que me faz transpor

Distâncias e tempo impiedoso.

Assim, vou vivendo sem teu calor.

A sua voz é suave e tão pura

Que tem a alegria dum sino

Que anima a triste criatura.

Medito no incerto destino

Da alma, que vive insegura

Na solidão, onde perde o tino.

Faro, 14 Setembro 2018

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Gualberto Marques
Enviado por Gualberto Marques em 14/09/2018
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