SONETO DA GRAÇA

No chão árido da Capela

Muitos sobem a Serra

Mesmo não tendo beleza a relva

Os orantes não esquecem a vela.

Na Capela da tarde de céu azul

Onde tem o crucificado nu

Lágrimas que molham o tecido cru

É gente que não tem na alma carinho seco e sim luz.

Mais adiante está o Cristo

Com sua compaixão de Deus límpido

Morto no madeiro a imagem descreve o invicto

É o nosso Deus, Cordeiro, Santo e Belo Justo.

Maria na capelinha é a serva virgem

Olhando a cidade feita uma miragem

É a mais que serviu seu Filho em beata imagem

Para os malvados tal Santa é uma visagem.

Ó como está bonito o céu

Tem nos orantes a cor do mel

Aos fiéis que tem no coração o anseio do Céu.

É muita a precisão de quem tem só a fé

Mas mesmo os sofredores desta cidade ajudam quem menos tem fé

E no Monte das graças se reza ao Cristo à Avé.

Na Serra donde reluz o Cruzeiro

Morada dos passarinhos em visita de santeiros

Está a fé de Redenção ao mais humilde dos rezeiros desde menino. Salve! A fé dos brasileiros.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 13/09/2018
Reeditado em 13/09/2018
Código do texto: T6447723
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