No Pecado

É minha doce companhia

Da mais tenra idade há velhice

Fazendo dele a nobre urgia

Exibo do prazer minhas cicatrizes

Tão belas das lembranças tuas

Também daquelas, nas minhas

Como tatuagens indevidas

Exibindo desta doce vida

Este meu pecado invadindo

A inocência dos anos idos

Como atrevido boêmio perdido

Lamento, más que delicia a desobediência

Transformadora forma de sobrevivência

Que hoje me cobra na paz sua ausência.

Kiko Pardini