Caminhos da Vida
Às vezes a gente se acostuma
Às vicissitudes da vida; inda
Jovem, como um mar d'espuma
Batendo-se daqui e dali; não finda
O martírio, o sacrifício, a agonia
De viver sem saber o motivo...
Começa a luta e, às cegas, a rebeldia
Toma-lhe a mente; e o ser vivo
Não mais vivo, pois se acha um ser morto...
A sociedade come-lhe as entranhas,
Faz-lhe um homem sem sair do cais do porto...
São tantos caminhos; são tantas façanhas,
Que o pobre menino, de correto a torto,
Quase morto, sucumbe em teias de aranhas!
Às vezes a gente se acostuma
Às vicissitudes da vida; inda
Jovem, como um mar d'espuma
Batendo-se daqui e dali; não finda
O martírio, o sacrifício, a agonia
De viver sem saber o motivo...
Começa a luta e, às cegas, a rebeldia
Toma-lhe a mente; e o ser vivo
Não mais vivo, pois se acha um ser morto...
A sociedade come-lhe as entranhas,
Faz-lhe um homem sem sair do cais do porto...
São tantos caminhos; são tantas façanhas,
Que o pobre menino, de correto a torto,
Quase morto, sucumbe em teias de aranhas!