CELESTE AQUARELA
Cerúleo véu, a tarde recobria
O zéfiro enleava terra e céu
O sol, feito suspenso fogaréu
Ao mar cedia a ardente caloria
Eis que o cetíneo ocaso acaricia
Violáceas nuvens céleres ao léu
Alados tons de malva e cor de mel
Em aquarela esculpem-se poesias
Sobeja a paz no solitário instante
Em luminosa prece parte o sol
E Vênus lá se veste rutilante
Reclina o dia em ébano lençol
Olor almiscarado flutuante
Perfuma a rósea renda do arrebol
Yeyé *
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MAGISTRAL RICARDO CAMACHO
*** HORIZONTE ***
No refratário, o zênite inebria,
No espaço as aves vibram no escarcéu,
O Sol naquele meio e o carrocel
Ilustra num vislumbre que irradia!
O véu gasofiláceo azul se cria
Com o aconchego abóbora no céu,
Brincam Centauro, um Pégaso e um Corcel,
Tornando estrelas sáxeas da alegria!
O fim da tarde despe-se cortante,
O vento cantarola em tom Bemol,
O mar tecendo a tela confortante,
Cura a incredulidade num terçol,
Que prolegomeniza o "ali" distante,
Na quimera surreal - Raio de Sol!
Obrigada, Nobre Amigo Poeta, é uma honra
tua presença na minha escrivaninha
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Imagem- Google