SEM VOCÊ

Rio, 25/09/2014.

Sou pássaro sem canto

Pousado em um galho seco,

Nem ouso deixar cair o pranto

Em seus caminhos me perco.

Sou um pássaro calado,

Triste da vida, de alma ferida!

Sou pássaro do orvalho molhado

Numa manhã silenciosa, sofrida.

Sou canção sem voz,

Poesia de amor perdida,

Batuta velha e partida.

Sou um riacho sem foz,

Poeta enlouquecido sem estro,

Orquestra muda sem maestro!