SEM SENTIMENTO

Rio, 19/08/2006.

Dão-me palavras quentes de sofismas,

Mas eu quero é as rosas de cor azul

Como o céu que se entende até ao sul,

Pois pela cor azul eu tenho doce cisma.

Não quero palavras sujas de blandícias,

Mas quero rosas azuis, as lindas rosas...

E descrevê-las na poesia ou nas prosas,

Em doces palavras, livres das malícias.

As rosas têm espinhos que podem ferir

E fazer as mãos que as colhem sangrar

E, aos olhos, sua breve dor faz chorar.

Os espinhos das palavras fazem sentir

No coração e alma uma constante dor,

Pois aqueles desprezam as rosas e o amor!