A Cartomante
Com toda certeza, sempre irei titubear.
Verdade. Errei. Porém, diga-me o pivô!
Fale, sem aos seus "espíritos" apelar,
Sem utilizar essas tais cartas de tarô!
Não vai adivinhar a minha psicologia,
Tampouco conseguir me impressionar,
Com a sua famigerada cartomancia,
E ainda proferir qualquer coisa salutar.
Eu lhe estimo, deixo me dizer a sorte,
Se assim lhe apraz, revele-me o futuro,
Os detalhes da minha solene morte.
— Você é soturno, reside no escuro.
Após o óbito de sua amável consorte,
Um acidente, sente-se culpado e impuro...
T. S. Sevla
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Homenagem ao magnânimo escritor Machado de Assis.
Um dos seus contos que mais sou fã se chama "A Cartomante".
Porém, o soneto que redigi acima, possui um enredo próprio, original,
divergindo da trama excelente escrita pelo insigne autor.