A Cartomante

Com toda certeza, sempre irei titubear.

Verdade. Errei. Porém, diga-me o pivô!

Fale, sem aos seus "espíritos" apelar,

Sem utilizar essas tais cartas de tarô!

Não vai adivinhar a minha psicologia,

Tampouco conseguir me impressionar,

Com a sua famigerada cartomancia,

E ainda proferir qualquer coisa salutar.

Eu lhe estimo, deixo me dizer a sorte,

Se assim lhe apraz, revele-me o futuro,

Os detalhes da minha solene morte.

— Você é soturno, reside no escuro.

Após o óbito de sua amável consorte,

Um acidente, sente-se culpado e impuro...

T. S. Sevla

__________________________________________

Homenagem ao magnânimo escritor Machado de Assis.

Um dos seus contos que mais sou fã se chama "A Cartomante".

Porém, o soneto que redigi acima, possui um enredo próprio, original,

divergindo da trama excelente escrita pelo insigne autor.

T S Sevla
Enviado por T S Sevla em 07/09/2018
Código do texto: T6441998
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.