Vivo num oceano,
Vivo num oceano,
Vivo num oceano, que me queima,
Tristes caminhos, rasgando meus versos,
Que sobre as ondas caminham dispersos
Decerto, viver deste jeito é uma toleima
Vencido e mil vezes desejando
A morte, tão estranha e honrosa
A esta vida, fingida cor de rosa,
Que mil segredos a dedo foi pintando
Nas entranhas da trama a solidão
Que o silêncio inacabável mudou
Num gesto desigual ao que passou
Empurrando pra longe o coração,
Escondendo no horizonte a lucidez
É isso, que ela fez, com sordidez !
São Paulo, 04/09/2018 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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