SONETO DA ALMA QUE CLAMA DESESPERADA A DEUS

I

Acabou aqui a esperança neste soneto eu começo meu louvor

tudo foi uma ilusão e no Inferno não mais existirá um amor

a luxúria das letras me fazem estraçalhar e me sufoca o calor

no Inferno nada mais resta, somente os castigos e muito em mim furor.

II

Ó pecado que me levas-te da minha morada me tiras-te desta terra

as poesias são meu consolo no fogo inaudito, eu sou a vitima da guerra

meu coração está amordaçado em palavras de ódio sou rimas e trevas

ó canção do amor de mais que tanto anjos e demônios em mim vás.

III

No Inferno donde os pecados me arrastam ao meu amor sonhado

sou uma lástima sou um maldito nesse soneto de tamanho pecado

eu estou na prisão numero 666 e aqui os espíritos são um malgrado

manhãs, tardes e noites sou como todos os seres com zelo sou surrado.

IV

Ó sonetos do pecado mais cruel a alma apaixonada em ouros e pérolas

neste refúgio sou uma canção de instrumento quebrado em lágrimas

nunca foi cantada tamanha música de um poeta de milhões sonhavas

pois neste fogo que consome eternamente eu na solidão de ti pensavas.

V

O clamor de nuvens de fogo e fumaça e ao longe um lobo, belos uivos

na prisão 666 só restava a jogatina o medo das apostas e os gritos

esse soneto faz de mim um condenado em muitos no Inferno esquisito

mas mesmo assim de apostas e perdas dos olhos sou um reles maldito.

VI

Ó senhor das trevas e da luxúria me deixa ir embora daqui ser lascivo

eu que a muito me fiz condoído se fez em m'alma uma farsa de bandido

o Inferno com seus vermes que comem minhas carnes no fascínio

ó príncipe infernal como posso ter lugar para chorar se sou tão ladino.

VII

eu choro neste soneto e vislumbro ao longe o paraíso boa herdade

ó anjos me tirem daqui por misericórdia, mas sei que não tenho verdade

sou poeta e sofrerei a justa rima de bruto e maldito no lar 666 selvagem

sofro com uma adaga de fio perfeito que me estraçalha cardo-selvagem.

VIII

Ó senhor das trevas senhor de quimérica violência espectro consorte

pode por um pouco me deixar morrer de paixão e fulgores dessa morte

pois caminharei rumo ao fogo que é menos quentura no longínquo norte

essa é a história do poeta no Inferno carnal da espiritualidade sem sorte.

IX

Ó o meu coração está sendo sufocado por tamanhas lástimas em trovas

que um santo anjo tenha pena de mim e no Inferno eu encontre rosas

é o paraíso que me elegeu nesse pensamento dos infernais ditos glorias

o Inferno é pequeno em se tratando de uma tristezas à assolar saraivas.

X

Sou um homem, morram todos os conceitos de filosofias que mentes

mentiu as paixões, mentiu os deuses, mentiu a ventura de mim vivente

ó trevas que lentamente como um CA de miséria de medo maldizente

sou um ingrato e não sei o que é o amor, sou o pobre afã de ti repente.

XI

o paraíso é logo ali meu amigo, esvazie sua xícara e seja feliz seu ledo

não tenha receios do bem, do amor e de ninguém ó renegue o seu medo

desfrute o prazer da bondade da felicidade das quiméricas do belo seio

e se banhe na cascata de águas cristalinas que flui do mais nobres veios.

XII

Sinta a paixão da doença que é curada, do Serafim que ama ao arder

nesse soneto quero te levar pra cama com ejaculações do rico prazer

sinta a graça que flui do oceano, do oceano que as ondas si faz fazer

e vamos desfrutar das suculentas uvas e do suco do mel à satisfazer.

XIII

O Inferno foi uma ilusão, as delicias da paixão formaram a doçura, amor

meu jeito de amar é diferente, guarda na depressão esperança e dor

eu sei no que você está pensando, você está pensando no meu calor.

XIV

Vamos ao horizonte de lendas e luxúrias na cama e ao sétimo céu andar

no quarto 777 está as framboesas e os sucos de frutas de nós ó sonhar

os seios e os lábios do mel em sexo e cantigas deste sonho, amaldiçoar?

XV

Sou um amigo que escreve tanto e pouco age, mas nos deuses ó poder

eu quero ver os sonhos dessa vida, dessa vida uma ambrosia de viver

transo contigo no apogeu do Olimpo e na cama de Helena bem requerer.

XVI

Sou celibatário e finjo não existir escolhas melhores, sou teu Ó Deus

nessa epopeia sou vida, nesse soneto sou Osíris, neste poema sou Zeus

do quarto 666 desfrutarei das 777 noites de paixões ao véu, meus céus.

Nunca no leito de Pã e Afrodite foi cantada tamanha loucura em plena primavera o soneto da alma desesperada...

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 04/09/2018
Reeditado em 04/09/2018
Código do texto: T6439211
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