RAZÃO PARA PENSAR

Rio, 21/07/2000.

Que tenho eu com o tempo

E com o murmúrio do mar?

Os montes prostrados ouvindo

Palavras indo, distorcidas vindo!

Que lembrança há na cantiga

Do vento que passa cantando?

A suave canção é a mais antiga,

Sempre a mesma, vai cantarolando.

Gosto do sabor do puro mel

Dos favos de palavras do céu

Ditas por lábios que provaram o fel.

Os olhos que choram, são meus

Os mais verdadeiros foram os teus

Que suplicaram por mim a Deus.