Uma Noite de Cão
Fora dormir tarde naquela noite.
Algo que comera em breve lanche,
Não desceu, provocou a avalanche,
No estômago a dor d’um açoite.
O sono foi pesado e trevoso,
Cortado por sonhos e pesadelos,
Daqueles que arrepiam os cabelos,
Crendo estar em local perigoso.
Já era tarde, quase meio dia,
Pela janela o sol invadia,
Esquentando sua pele branquela.
Acordou de repente assustado,
Pensando que o demo estava ao seu lado
Com o tridente em sua costela.