Dois sonetos
Este soneto é dedicado aos Ministros do STF
Ah! vós que julgais e não quereis ser julgados!
Ah! vós que ouvis poder ouçais povo também;
Ah! vós que soltais meliantes condenados;
Ah! vós que do posto não podeis ficar sem!
Ah! vós que em fortes poleiros empoderados,
Ah! vós que se fizeram um dia, ministros;
Ah! vós com as vestes de urubus engomados,
Ah! vós assim, pareceis bastantes sinistros.
Ah! vós que pareceis patrões e sois capachos,
Ah! vós que vos julgais serem entes divinos,
Ah! vós com vossos enigmáticos despachos!
Ah! vós, se possível, canto-lhes alguns hinos,
Ah! vós que quando de batas se veem machos,
Ah! vós, pois pareceis apenas bons suínos.
Este soneto é somente sobre voz mesmo
Há voz do pastor, mas do rebanho também,
Há voz calma, mas as vezes, tonitruante;
Há voz ouvida que não se sabe de quem,
Há voz do sábio e há voz do ser ignorante.
Há voz que comanda um bravo subordinado,
Há voz que obedece e voz que pra ela retruca;
Há voz do carrasco mas não do enforcado,
Há voz do Cid Moreira, grave mas caduca.
Há voz de toda maneira, querida gente!
Há voz a qual por si só, nós todos encanta,
Há voz muito pacata e voz bem persistente.
Há voz do pároco porém não voz da santa,
Há voz que passa, e alguma voz que se sente,
Há voz que dúvidas em nós as vezes planta.
Este soneto é dedicado aos Ministros do STF
Ah! vós que julgais e não quereis ser julgados!
Ah! vós que ouvis poder ouçais povo também;
Ah! vós que soltais meliantes condenados;
Ah! vós que do posto não podeis ficar sem!
Ah! vós que em fortes poleiros empoderados,
Ah! vós que se fizeram um dia, ministros;
Ah! vós com as vestes de urubus engomados,
Ah! vós assim, pareceis bastantes sinistros.
Ah! vós que pareceis patrões e sois capachos,
Ah! vós que vos julgais serem entes divinos,
Ah! vós com vossos enigmáticos despachos!
Ah! vós, se possível, canto-lhes alguns hinos,
Ah! vós que quando de batas se veem machos,
Ah! vós, pois pareceis apenas bons suínos.
Este soneto é somente sobre voz mesmo
Há voz do pastor, mas do rebanho também,
Há voz calma, mas as vezes, tonitruante;
Há voz ouvida que não se sabe de quem,
Há voz do sábio e há voz do ser ignorante.
Há voz que comanda um bravo subordinado,
Há voz que obedece e voz que pra ela retruca;
Há voz do carrasco mas não do enforcado,
Há voz do Cid Moreira, grave mas caduca.
Há voz de toda maneira, querida gente!
Há voz a qual por si só, nós todos encanta,
Há voz muito pacata e voz bem persistente.
Há voz do pároco porém não voz da santa,
Há voz que passa, e alguma voz que se sente,
Há voz que dúvidas em nós as vezes planta.