DESPERTO
Não sei se há vida depois da morte,
no entanto, há vida aqui e agora.
E pra ser feliz é chegada a hora
de abraçar o que me conforte.
Não sei se existe azar ou sorte,
mas a vida em mim se aflora
e me tira de dentro e me leva pra fora
no trajeto que vai do sul ao norte.
Não sei o que me dá suporte,
o que eu alma, enfim, implora;
sou apenas um ser que ignora
que a vida matou a morte
quando despertei de um sono profundo
e abri os olhos neste mundo.