QUEM DERA

Rio, 29/11/2007.

Tenho raiva da minha fraqueza

E de não conseguir matar este amor

E que perdi o raciocínio tenho certeza,

Pois dilacerava minha alma tanta dor.

Estou revoltado por não esquecer;

Tanto lutei e como, mas fui vencido.

Vazou-me a alma, deu-me entardecer!

Meu sol da razão ficou escondido.

Este sentimento meu ser despedaça

Deixa-me dentro de liquidificador,

Tritura-me e torna-me uma massa.

Sou um ser sem nada ser, perdido.

Quem dera fosse simples expectador,

Aquele que vê e prova pelo ouvido.