Azul cobalto

Similar ao rio, corro com a vida, não mais,

cultivando na alma a cor  que mora no mar.
Mas esse azul cobalto que te governa a tez
desafia me fazer não gostar de ti, talvez...
 
Os poemas são líquidos, são fundos
e a felicidade já está em nossas agendas...
Que espasmos são esses que ameaçam, no tempo,
a paz do anoitecer e a rosa dos ventos?
 
AH! Tentação de permanecer no fundo,
calmaria que não se inventa, tudo é mundo...
AH! Que azul mereço para 'tirar para dançar'?
 
Assim, me inebrio no absinto que se derrama de mim...
Mas nenhuma rede me intimida ou prende em vão
se não for a do ventre, do sim com anuência do coração...