MEU LAMENTO
Voa, pássaro eterno, meu alento
Os sinos dobram a tua passagem
Pranteia a noite, tão longa viagem
Pranteia o vento, a voz do meu lamento
Teus rociados versos ao relento
Fulgente lume em plácida mensagem
O tempo guarda em rútila miragem
Nimbado estro em sublime pensamento
Somos almas buscando longe e perto
No exílio, um beijo, como extrema unção
Bálsamo desta angústia no deserto
Tempo e vida em cruel conspiração
Imprudentes, deixaram- nos submersos
Na dor oculta da separação
Yeyé
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MAGISTRAL POETA
Ricardo Camacho
*** CONDORES ***
Figura um quadro langoroso e análogo
Por ordens do destino em desatino,
O ensino de sentido paulatino,
Configura o martírio do autodiálogo!
O âmago na berlinda chora fino,
A secreção nos versos de um catálogo,
Equilibra no esdrúxulo coágulo,
Na badalada triste o íntimo sino!
O ser se cansa, e a azáfama que impera,
Na tempestade chega e desespera
Num cântico senil de várias dores!
E o ventre da tristura sangra e opera
Parindo um sentimento que supera,
Recompensando em voos dos condores!
* Ricardo Camacho*
Obrigada, Nobre Amigo Poeta. É uma honra
tua presença na minha escrivaninha
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ILUSTRE POETA JAMES ASSAF
MEU LAMENTO
Tanto tento
não consigo intento
apenas um desalento
contra todo sentimento
sobra tormento
Aguento
caminho lento
com a alma ao relento
espero algum momento
provocar-te contento.
Obrigada, Nobre Amigo Poeta, é uma honra
tua presença na minha escrivaninha
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