DEMENTE
Quando eu te procurei e não mais te vi
Tão de repente o céu se escureceu
Como num impasse o dia anoiteceu
E tive a impressão que me perdi...
E foi quando vi o teu lugar vazio
Sob os tentáculos da solidão
com força à comprimir meu coração
No fundo d’alma o inverno... tanto frio! ..
E em angustia, indaguei do teu retorno,
De como desfazer todo o transtorno,
Toda essa dor, causada por tua ausência...
Silêncio era a resposta... e com tão pouco,
Achei melhor de me fingir de louco...
E passar da dor, pro estado de demência!
( Rose Galvão – 2017 )