DEMENTE

Quando eu te procurei e não mais te vi

Tão de repente o céu se escureceu

Como num impasse o dia anoiteceu

E tive a impressão que me perdi...

E foi quando vi o teu lugar vazio

Sob os tentáculos da solidão

com força à comprimir meu coração

No fundo d’alma o inverno... tanto frio! ..

E em angustia, indaguei do teu retorno,

De como desfazer todo o transtorno,

Toda essa dor, causada por tua ausência...

Silêncio era a resposta... e com tão pouco,

Achei melhor de me fingir de louco...

E passar da dor, pro estado de demência!

( Rose Galvão – 2017 )

Rose Galvao
Enviado por Rose Galvao em 01/09/2018
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