EXTREMO VENENO
O dia olhando meu fim
No prenuncio da noite eterna
Esperança jaz no capim
O outono em ti inverna
E eu já meio sem mim
Consumo o meu próprio crime
Lamento cruel de clarim
Cortando o silêncio sublime
Me eternizo em cada erro
Ressuscito, me assumo e me ergo
Crivado do teu olhar
Sou menino, em teu extremo,
Sou o adocicado veneno,
Veneno de suicidar.