ANÉIS DA PERDIÇÃO
(Interação ao poema O FIO, do Poeta Carioca)
Não confie num fio que é do mal,
Vai longe se deixarmos que se dobre,
Cuida, pois sua alma é de cobre,
Tal como fosse um fio normal.
Com seus laços nos prende e nos ilude,
Seus anéis são a nossa perdição.
E nos endurecem o coração,
Porquanto nos afastam da virtude.
Junta-se a outros e forma uma teia,
Lá o incauto fica enredado,
Como alguém em movediça areia.
Aos maus conselhos faz ouvidos moucos,
Anda neste chão com muito cuidado,
Que o mundo é cão e os anjos são poucos.