Labirintos

O que é que estou fazendo aqui?! Pergunto

A cada instante dessa vida incerta.

Eu sou somente o esboço de um defunto,

Ou a sublime luz que se liberta?

Após trazer à tona o infausto assunto,

Não faço a mais simplória descoberta.

Nessa questão fatal me desconjunto,

Embora a alma livre e a mente aberta.

Qual é o meu propósito no tempo?

(Se é que o tempo existe assim de fato,

Ou é somente um mero movimento.)

Viver é o mais estranho desacato,

Nos mostra uma verdade, um sentimento,

Num mundo surreal, todo abstrato.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 29/08/2018
Código do texto: T6433591
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.