Labirintos
O que é que estou fazendo aqui?! Pergunto
A cada instante dessa vida incerta.
Eu sou somente o esboço de um defunto,
Ou a sublime luz que se liberta?
Após trazer à tona o infausto assunto,
Não faço a mais simplória descoberta.
Nessa questão fatal me desconjunto,
Embora a alma livre e a mente aberta.
Qual é o meu propósito no tempo?
(Se é que o tempo existe assim de fato,
Ou é somente um mero movimento.)
Viver é o mais estranho desacato,
Nos mostra uma verdade, um sentimento,
Num mundo surreal, todo abstrato.