Ébrio de amor
Ao silêncio levanto um brinde! Paz!
e à noite aplaudimos... O beijo se faz,
satisfaço-me, a pleno, no teu regaço
compondo a sinfonia dos nossos espaços...
À noite me enlaço nos teus abraços
e no silêncio, satisfeito, durmo no teu colo...
enquanto o vinho tinto, sozinho,
faz menos efeito que teus carinhos...
Ébrio, me afogo nos teus afagos...
Desligo-me do tempo, da vida e da morte
resolvendo-me no alea jacta est... Sorte!
Ao lado dela, fecho, o ciclo da angústia-viver-
sem saber do amanhã, nem de quem,
nem a hora que a morte vem, nem por que...