PÔR RAZÃO

Rio, 29/08/2007.

A minh’alma num olhar se debruça

E busca um oásis de sentimento aberto

Para consolar o peito que muito soluça

E vê o amor tornar-se caustico deserto.

Cada coração parece com uma porta

Que se abre para todo o sentimento

E deixa entrar coisa velha e morta,

Depois vem o sofrer em detrimento.

Pomos aos olhos um grosso cortinado

E o que ouvimos, sem ver, nos encanta;

Depois ficamos como terreno minado.

Devemos buscar sentimentos na realidade

Porque assim nalgum tempo se canta

Para nunca morrermos de saudade.