Tantas almas passam pela gente
Tantas almas passam pela gente
De alma em alma formam uma multidão
Como um aristocrata passa por um cão
Assim vagamos todos indiferentes
Nada na vida dura permanente
Somos logrados por uma ilusão
Como o coveiro enterra um caixão
Tal memória esquecida do subconsciente
É assim na vida em todos os caminhos
Amanhã como uma sombra vagando sozinho
Sendo para os outros uma memória fria
E análogo a quem não lhe diz mais nada
Tão distante das histórias passadas
E da imagem fausta que já foi um dia