PERSECUÇÃO

Rio, 31/08/2007.

Por que a que não me conhece, me pisa?

Fere a minh’alma e depois assopra e alisa.

E fica caído no chão meu ser e agoniza.

Por que a mão que fere não se humaniza?

Ando cansado de açoites e de chorar, portanto!

Não há ombro amigo, nem canção de acalanto?

Perto estou de perder meia esperança e outro tanto.

Não vês que assim me fazes dissolver em pranto?

São as palavras venenosas que fazem as feridas

E são elas que causam dores insofridas,

Mas as boas palavras trazem-nos todo alento.

E a mão que é amiga conforta e dá sustento.

Por que sem causa me humilhas e pisas?

Sou simples mortal, me temer não precisas!