MINHA AVELÃ...

Eu esperava pra sempre ver teu rosto,

Aparecer sorrindo nas minhas manhãs,

Como é difícil esquecer dos carinhos,

Saudade, qual passarinho fosse Jaçanã.

Ao invés disso passo por desgostos,

Além das dores de uma mente nada sã,

Sem as flores, sentindo os espinhos,

Arranhando a alma ninho qual a uma lã.

A cada fiapo um desejo de rasgo tosco,

Entre os sussurros, já sabido o gosto,

Fingindo ser o beijo com gosto de hortelã.

Mas, duro na queda sigo então disposto,

A casca dura ver quebrando aos poucos,

Objetivando ao final o doce da avelã.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 23/08/2018
Código do texto: T6427208
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