MINHA AVELÃ...
Eu esperava pra sempre ver teu rosto,
Aparecer sorrindo nas minhas manhãs,
Como é difícil esquecer dos carinhos,
Saudade, qual passarinho fosse Jaçanã.
Ao invés disso passo por desgostos,
Além das dores de uma mente nada sã,
Sem as flores, sentindo os espinhos,
Arranhando a alma ninho qual a uma lã.
A cada fiapo um desejo de rasgo tosco,
Entre os sussurros, já sabido o gosto,
Fingindo ser o beijo com gosto de hortelã.
Mas, duro na queda sigo então disposto,
A casca dura ver quebrando aos poucos,
Objetivando ao final o doce da avelã.