O CHORO DO POETA
Quando vejo alguém excluído
E escuto o estrondoso ruído
De um estômago vazio
Sinto um forte arrepio
E o choro do meu coração, esguio.
Assisto o descaso à terceira idade
E recuso essa maldade
Que meu coração repulsa
E classifica de covarde.
Vejo uma criança abandonada
Lançada ao mundo à própria sorte
É quando sinto bater forte
As pancadas assustadas
Dessa “morte.”
Sinto o crescer da violência
Não aprendi a suportar a prepotência
E choro muito quando vejo
O corromper da inocência.
Luciênio Lindoso.