DESFIGURADO
Tudo começa com aquele que testa
O seu controle.
Invadindo teu ego
E te prendendo com o “prego”
Do descontrole.
Os pais que te amam
Observam e reclamam
A mudança repentina
Que reflete na retina
E inflamam.
Teu corpo definhando
E o teu jeito andando
Sem direção.
Uma aparente fissura
Que transforma a criatura
Num zumbi sem noção.
Com o semblante abatido
E por dentro ferido
Quer solução.
Vende as próprias vestes
E se reveste
De confusão.
O sofrer da família
Que não dorme e se humilha
Pra te salvar.
Uma batalha imensa
Quem não vive só pensa
Em como ajudar.
Coração de mãe, cansado...
Vendo seu filho desfigurado
Perdendo a razão.
Um pai triste e aflito
Segurando seu grito
De decepção.
Aqueles que conseguem o resgate
Após esse “mundo” de desgaste
Comemora com emoção.
O seu filho renasce
E fortalece o enlace
Do coração.
Luciênio Lindoso.