Soneto da reparação
Vida! vida! Clamo a vos desculpa
A toda covardia que me reveste
Tu jamais terás a ínfima culpa
Quantos alentos me deste
Porque chamá-la: carrasco!
Se eu faço de ti um fiasco
Sim!De mim advém o erro
Por selar o próprio enterro
Sim!Estou entre os vermes
Os que comem a carne pútrida
Da matéria sempre inerme
Vida ,vida!Espetáculo divino
De meus malogros te descrimino
Pois de ti a beleza é parida