Cânticos Austeros

Darkling I listen; and, for many a time

I have been half in love with easeful Death,

Call'd him soft names in many a mused rhyme,

To take into the air my quiet breath;

John Keats

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Algo canta, algo canta eterno nessa densa névoa.

Tempestuosa a arcaica e benevolente essência poética torna,

Assim, algo trauteia e está a soar em tom harmonioso.

Como uma flauta aguda ecoa por uma floresta silente e escura,

Quase inaudível aos visíveis ecoa silente e tácito!

Algo que sobrevoa sempre o mesmo espaço;

Olhos angelicais possui e com criança tem semelhança,

Ainda assim, há uma tristeza antiga e camuflada que ali recai.

Inocência devastada e o que transparece é ilusório e confidente!

Certamente... É como um antigo monastério, em ruínas se aquece.

Canta melancolicamente, sorri alegre e some nas sombras;

A noite que leva este elmo é sempre certa e sequestra o sono moço das vértebras.

Algo gorjeia além, não somente em longas asas quebradas.

Trovas fluem em ríspidas miragens soturnas, nas árvores cantadas, vociferadas!

Júlia Trevas
Enviado por Júlia Trevas em 20/08/2018
Reeditado em 20/08/2018
Código do texto: T6424631
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