Soneto do triste contentamento

Ah saudade! lá vinda do despretensioso baú

O passado ressurge meio a poeira da memória ruim

Sendo revirado como tormenta duma nau

Toda amargura(dissabor) retido em mim

Sonhos ingênuos imersos em movediça areia

Antes quão robustos erigidos em bonito castelo

A vida ,doravante arruinada sobre desmanzelo

Meu ser alvejado por tragédias em cadeia

Irracional eis que sou reles vento

Disperso em labirinto infindo

De um hálito de existência sedento

Todo o sofrer resumido em ulo

Esboçando o desespero do mal-do-século

E assim face à inércia , meu mundo caindo

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 19/08/2018
Reeditado em 24/10/2022
Código do texto: T6423593
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