Soneto do triste contentamento
Ah saudade! lá vinda do despretensioso baú
O passado ressurge meio a poeira da memória ruim
Sendo revirado como tormenta duma nau
Toda amargura(dissabor) retido em mim
Sonhos ingênuos imersos em movediça areia
Antes quão robustos erigidos em bonito castelo
A vida ,doravante arruinada sobre desmanzelo
Meu ser alvejado por tragédias em cadeia
Irracional eis que sou reles vento
Disperso em labirinto infindo
De um hálito de existência sedento
Todo o sofrer resumido em ulo
Esboçando o desespero do mal-do-século
E assim face à inércia , meu mundo caindo