Soneto de uma Manhã

Um fresco vento adentra pela janela

E um suave brilho se fita na parede

Sinto ao longe o raiar da primavera

Um jardim florido, colorido, verde.

O sorriso alegre de alguém que chora

Por escrever versos de trevas e de luz

Um clamor que se esvai por aí sem demora

Um sentimento perdido cravado numa cruz.

A arte brilha neste tempo de dor e de fel

Quer ser eterna, contemplativa, surreais

Traça um desenho esquecido ao léu

Corta na carne, grita pelos cantos infernais

As sombras tênues dessas manhãs doloridas

Germinadas entre flores ausentes, já esquecidas

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 17/08/2018
Código do texto: T6422041
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