OBCECADO

Rio, 19/09/2007.

Agarrada àquela pedra uma flor azul,

Tão segura está que do abismo se ri.

As aves de arribação voltavam do sul,

Por segundos, pasmei quando a flor eu vi.

Sou obcecado por esse tipo de flor,

Talvez por lembrar o amor puro e inocente

Ou vislumbrar esperanças no seu lindo esplendor,

Das saudades que emergem do coração de repente.

Agora emudeci, prefiro calado estar.

Porque o silêncio, às vezes, fala mais;

Pois faz o olhar nas lágrimas se afogar.

Ao ouvir o silêncio cada ser busca meditar

E não há diferença, pois todos somos iguais,

Mas se guerreamos somos os piores dos animais!