Ainda ontem eu consegui existir.

Ainda ontem eu consegui existir,

Apesar de toda a efemeridade...

Com um voraz e total destemor,

Aquele não inerente aos covardes.

E agora eu já não existo mais...

Passara toda a sensação de viver.

Os dias são sempre cinzas e tristes!

Principalmente os que não tenho você.

Assusta-me todo o excesso de futuro,

E não consigo me situar no presente.

O passado é o objeto perfurocortante.

Que insiste em tirar a vida da gente.

Por isso a ansiedade em ter de volta,

Todos aqueles sonhos novamente.

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 13/08/2018
Código do texto: T6418390
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