TRAGŒDIA CIRCENSIS; ou: A Redenção do Tolo em Direção à Árvore da Vida (Soneto Dodecassílabo Vazado em 14 Cordas-bambas)
Esvai-se-me o rubor; minh'alma adeje e adentre
Valhala agora e, cega à vida aziaga, goze-a.
Vênus não venha: eu cumpro o voto e objeto a ambrósia,
Nem quero o suor da face estancar em seu ventre!
Bruno a fiel bastarda e enfio na albiventre:
Senhor dos árduos passos, eis-me a dedirrósea!
Nenhum sinistro espectro há de emular meu sósia,
E abra-me o céu tremendo, ou trine a treva de entre
Solares ramos. Sábio não conduz a prova:
Ao coriscar meu canto, o bóreas desenubla
O verso da escumalha. E valha-me esta cova,
Telúrico repouso do meu brônzeo talhe,
Se o áureo gládio de Bruto o meu delírio dubla
— Sírius me aceite, e o Cão Maior já me amortalhe!