Os verdes dançam assanhados

gotas de chuvas penduradas em varais

brincos vermelhos fazem agrados

buquês fartos, folhas e folhas nada mais.

 

Este bailado que inflama

seduz tolas rimas de desvarios

sempre Amor que a alma reclama

na boca da tristeza um calafrio.

 

Não é preciso falar tudo o que pensa

nestes leves traços encontra o Eu

perdido em lembranças intensas.

 

Há que se calar, nada para saber enfim

escondida no verso que lhe trai

bom ser névoa suave que cai no jardim.

 

 

Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 06/09/2007
Reeditado em 12/05/2020
Código do texto: T641363
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.