Os verdes dançam assanhados
gotas de chuvas penduradas em varais
brincos vermelhos fazem agrados
buquês fartos, folhas e folhas nada mais.
Este bailado que inflama
seduz tolas rimas de desvarios
sempre Amor que a alma reclama
na boca da tristeza um calafrio.
Não é preciso falar tudo o que pensa
nestes leves traços encontra o Eu
perdido em lembranças intensas.
Há que se calar, nada para saber enfim
escondida no verso que lhe trai
bom ser névoa suave que cai no jardim.