Soneto do amor e sofrimento
Na calmaria das noites te grito
Em pensamento; dor angustiosa,
Que, por tua partida ao infinito,
Aumenta, tortura silenciosa
No martírio de viver sem ti
Solidão infla o peito de vazio
Enquanto a sanidade que perdi
Leva a mente, aturdida, ao desvario
Louco de saudades, ensandecido
Incompleto pela ausência tua
Pelo nada dentro cá, consumido
Que a Morte, deste momento, usufrua
E meu olhar, daqui, seja banido
Enquanto nosso amor se perpetua