FANTASMAGORIA
Não queria mais ver tuas feições,
o sorriso, luzeiro de outras eras,
nos painéis soniais, nessas quimeras
que me infligem terríveis aflições.
Se adormeço, palmilho imensidões
onde exploro o frescor de primaveras,
onde aspiro agradáveis atmosferas,
alimento das minhas obsessões.
Acossado por vozes fantasmais,
obedeço por serem sedutoras
e transponho, teimoso, alguns portais.
Revivências me são arrasadoras
mas me curvo aos seus gumes bestiais...
Paradoxo das almas sofredoras!