APENAS VAGAMENTE...
Te vejo desaparecendo em brumas no horizonte,
Num tão distante que não consigo distinguir
Aquele brilho infinito, no teu meigo olhar
Ou a maciez da tua voz, pra me fazer dormir...
Olho teu retrato na parede, e não me comovo.
Talvez o pó, tenha deixado teu semblante incolor,
Tu que já foste brasa ardente e minha fonte!
Meu tudo, razão dos meus dias alegrar...
E agora? Um vazio, um espaço sem calor,
Eu que queria retornar... começar de novo
Preencher a lacuna, com o que nos encantou...
Mas a cada dia, vão se apagando da mente
Momentos, tantos planos, e tudo que restou
E sei, breve serás lembrado, apenas vagamente...