QUANDO OS SONHOS MORREM

Aqui chegando, vendo dessa altura,

a multidão de sonhos na memória,

que matei, não fizeram a procura

mais fácil ou menor a trajetória.

Foram partes de mim, toda fratura

senti mais leve a carga compulsória,

não sabia que em cada ruptura,

mais a vida tornava transitória.

Fui aos poucos secando meu volume,

o corpo retorcido perdeu forma,

a raquítica imagem me resume...

Caveira, na qual o tempo transforma,

quem esquece dos sonhos e presume

haver outro e morrendo se conforma.

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 07/08/2018
Reeditado em 06/09/2019
Código do texto: T6412100
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