RASTROS
Minh’ alma se expande ao pensamento
Como um círculo vicioso de virtudes
E fria lógica fora do contentamento
Ou sombra a vibrar no corpo rude
Desapegar do instinto em que se mude
Os conceitos por certos convencimentos
Molhar o rosto com lágrimas de açude
Fruir a dor de cruéis padecimentos
Minh’ alma contradiz qualquer verdade
E no crime encontra o álibi preciso
Compensando com desdéns o infinito
Sob o sol os rastros buscam a felicidade
Um caminho que os conduza ao paraíso
Num percurso entre o dito e não dito