Quando eu morrer
Se eu morrer de uma morte natural
Não chorem falso, odeio carpideiras
Quero lágrimas puras, verdadeiras
Vertidas por um ser mui especial.
Não quero jazer com um ar fatal
Porque nunca gostei dessas maneiras
Nem com um ar de mulheres santeiras
Quero um ar feliz, quiçá, sensual.
Quero despedir-me dos meus amores
Morrer, só na minha hora, sem problemas
Da felicidade tecer louvores.
Que a minha morte não cause dilemas
Quero partir descansada, sem dores
Junto ao caixão, flores e poemas.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Sonetando"
Modocromia, Edições