LABIRINTO

Silêncio deste estranho labirinto,

Por vezes meu sentido amortece..

Cansei de repetir a mesma prece,

Que sei nem foi ouvida...Até pressinto...

Vontade de ficar, por certo eu minto...

Verdade que recuso e me apetece,

Se resta o que somente a angústia tece,

Em dor o amor que outrora foi distinto...

Descarto uma saída se ao contrário,

Do sonho que sonhei, a insaciada,

Tristeza, me abocanhe, esdomeada...

Na ausência de tua voz que, em meu calvário,

Guiou-me entre as veredas da poesia,

Eu quero me perder na noite fria!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 31/07/2018
Código do texto: T6405142
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