SONETO DO VENTO MINUANO
Vento Minuano que judia a gente,
Cortando a pele com golpes de frio
Ao sair na rua, o corpo se ressente,
Até a alma sente um forte arrepio.
Vento Minuano, hoje vivo ausente
Do golpe inclemente do teu corrupio
Cá nesses morros, abafo é presente,
Eu sem saber se choro ou se rio.
Vento Minuano, eu preciso urgente
Um cobertor de orelha pra esquentar meu frio
Eu ando tão só, eu vivo tão carente,
Meu pobre coração reclama do estio
Vento Minuano, pra me deixar contente
Eu preciso urgente outro tipo de arrepio.
NOTAS:
*Conhecido nos estados do Sul do Brasil, o Minuano é um vento de origem polar muito frio e cortante. Seu nome deriva dos Minuanos, grupo indígena que habitava os campos do RS. (Wikipédia).
**Soneto na estrutura, mas sem métrica. Para escrever, uso a inspiração e não a calculadora ou a fita métrica.