Borboleta
Bole suas asas,
Mire metas com seus olhos de vitrais
Esquadrinhe os canteiros da sua “plaza”
Pinte com cores claras os vendavais
Mascare o cio com o seu perfume
Suave eufemismo dos feromônios
Roube a luz dos vagalumes
Se faça um legítimo encômio
Sua montagem é metamorfose
Revolve-se dentro da crisálida
Por fim, ladra de doces em doses
Efêmera vida, de duração combalida
Rasto e sobras da primavera no estio
Em manchas, improvisação do atavio